O beabá do Marketing Humanizado

O beabá do Marketing Humanizado
A maioria acredita que marketing humanizado é uma marca atender bem ao cliente e ser divertida em sua comunicação. 
Mas as marcas precisam entender que tudo aquilo que ela faz contribui para seu marketing ser ou não humanizado. 
Da maneira como o RH contrata, passando pela escolha de fornecedores, até a forma como distribui seus dividendos, tudo faz parte da imagem na marca e faz seu marketing. 
 
Humanizar também não é apoiar causas sociais quando elas aparecem na pauta do dia. Entrar na onda não vai gerar nada para a marca, aliás pode causar até uma crise caso não haja algo além de um post. A defesa de uma causa social deve ser estruturada e ter coerência de dentro para fora da empresa.
 
Também  não basta apenas uma comunicação humanizada, é preciso ter uma estrutura humanizada de verdade e dentro pra fora da marca. Para marcas que desejam fazer marketing humanizado recomendo uma abordagem de “menos escassez e promessas”, no qual o cliente compra produtos e serviços no tempo dele, sem invasão do seu espaço, sempre lembrando que são pessoas do outro lado, não apenas leads.

Vejo que o principal erro é achar que para humanizar uma marca ela não pode utilizar, por exemplo, chatbots. Esse exemplo é polêmico por isso gosto dele! As pessoas consumidoras querem ser atendidas com eficiência e agilidade, se isso acontece com alguém atendendo ou um chatbot isso não importa, pode acreditar. Sabemos que o Nubank em poucos minutos através de chatbot resolve diversos problemas do cliente, já algumas companhias aéreas fazem seus clientes esperarem mais de 30 minutos na linha para falar com atendente. Usar tecnologia como aliada pode escalar a boa experiência de atendimento a um número muito maior de clientes.

A oportunidade hoje está em poder se destacar num mundo tão concorrido e com públicos cada vez mais exigentes que buscam coerência nas marcas e não serem tratados como massa. Uma ideia é permitir a customização de produtos, por exemplo, além, é claro, da interação. Interagir com o público nas mídias sociais é uma ação simples, mas que provoca uma emoção, como responder a um tweet ou escrever um recado na tampa da caixa da pizza.

 

Conheça a Liliane Ferrari

Liliane Ferrari é consultora sênior em Estratégias de Marketing & Comunicação. Pioneira em projetos digitais, atua neste mercado desde 1999, foi apontada como uma das 10 mulheres mais influentes da internet no Brasil pela revista TPM e figura na lista da Revista da Locaweb como uma das 100 especialistas que marcaram a história da internet brasileira. Professora do MBA em Marketing e Varejo da USP, ESALQ e também da pós-graduação em Storytelling e Conteúdo Digital, da PUC-PR. Foi palestrante oficial do Facebook no Brasil em 2014, e em 2017 foi certificada como Pinterest Expert pela plataforma e fundou a primeira e única agência especializada na América Latina.

Fonte: Palestra Certa